País pode ser caso de sucesso na implementação da IA
A inteligência artificial (IA) já faz parte do presente e será, inquestionavelmente, o futuro. Bernardo Almada-Lobo, fundador da LTPlabs, empresa do setor da IA para os negócios, considera que o «Portugal está muitíssimo bem posicionado na adoção e integração das potencialidades» desta ferramenta «revolucionária» e que pode mesmo «vir a ser um caso de sucesso na implementação e aceleração da IA para a tomada de decisão».
A capacitação, desde logo dos empresários e dos gestores seniores das organizações, a identificação dos problemas e a definição da jornada da IA e dos métodos analíticos dentro de cada empresa, adaptada a uma resolução com retorno, são passos que todos os negócios terão de dar, explicou o catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em entrevista ao Diário de Coimbra.
«Mais do que desafios, a IA traz às empresas oportunidades. As empresas têm a oportunidade de suportar os seus processos de tomada de decisão com base em IA e no tratamento massivo de dados. Claro que há desafios, na adoção e na integração, mas há um caminho muito grande para as empresas portuguesas percorrerem», disse, à margem da segunda edição do Business Summit, organizado pela Coimbra iTEC - Associação para a Inovação e Tecnologia da Região de Coimbra.
"É uma ferramenta agnóstica ao tamanho da empresa, ao setor e até, dentro da empresa, às diferentes funções"
É essencial para que as empresas se mantenham competitivas
«Cada empresário deve refletir, na sua organização, como é que deve adotar a IA e quais são as oportunidades que podem ser alavancadas com base na IA, que vai permitir uma desburocratização brutal de toda a sua organização na área da tecnologia e dos dados», referiu o professor FEUP. «A competitividade e a médio prazo vai passar necessariamente pelo tema da IA, quer no que se refere ao que tem sido mais falado, da parte conversacional e do chat GPT, quer a IA analítica, na forma como temos as máquinas a assessorar-nos com previsões, recomendações e tomada de decisões, sempre na melhor hibridização entre o poder de intuição do humano e o poder da máquina e da estruturação da IA», acrescentou ao nosso jornal.