Câmara de Coimbra assinala Dia da Floresta Autóctone com plantação de 1.200 árvores no Bosque dos Loios
A Câmara Municipal (CM) de Coimbra assinala, a 23 de novembro, o Dia da Floresta Autóctone com uma ação de voluntariado que visa a plantação de 1.200 árvores no espaço do futuro Bosque dos Loios. A iniciativa vai decorrer das 9h00 às 13h30 e os voluntários podem inscrever-se através do e-mail [email protected] ou, das 8h30 às 16h30, através do telefone 239 496 816, da Divisão de Espaços Verdes e Jardins. As 1.200 árvores, da espécie “Quercus faginea” (carvalho-português), são oferecidas pela Infraestruturas de Portugal, no âmbito do projeto MetroBus. O futuro Bosque dos Loios, situado abaixo da Rua Alberto de Oliveira e da Praceta Falcão de Resende, pretende ser um espaço verde sustentável e biodiverso, dedicado à recuperação da flora autóctone de Coimbra, em pleno centro da cidade.
Para assinalar o Dia da Floresta Autóctone, a CM de Coimbra, em parceria com as entidades Invasoras.pt, Jardim Monte Formoso e Milvoz, promove uma ação de voluntariado de plantação de 1.200 árvores da espécie “Quercus faginea”, acompanhada de uma oficina de “bombas de sementes”, no Bosque dos Lóios. Os voluntários podem inscrever-se através do e-mail [email protected] ou, das 8h30 às 16h30, através do telefone 239 496 816, da Divisão de Espaços Verdes e Jardins. O ponto de encontro é na praceta da Rua José dos Santos Bessa, na Quinta de São Jerónimo, à entrada do Bosque dos Loios.
A ação de voluntariado procura reforçar o compromisso com a proteção ambiental e com a criação de um bosque que restabeleça o equilíbrio natural e ecológico da região. O Bosque dos Loios é um projeto que visa criar um espaço verde sustentável e biodiverso, dedicado à recuperação da flora autóctone de Coimbra. A intervenção inclui a plantação de espécies nativas, como o “Quercus faginea” (carvalho português), e o envolvimento da comunidade em atividades ecológicas, como a oficina de “bombas de sementes”, que oferece aos participantes uma forma prática de contribuírem para o enriquecimento do ecossistema local.
As bombas de sementes são pequenas esferas compostas por uma mistura de argila, terra e sementes de espécies autóctones, ou seja, plantas nativas de uma determinada região. A argila ajuda a proteger as sementes dos predadores e das condições climáticas adversas, enquanto a terra fornece os nutrientes necessários para que germinem. Estas bombas são utilizadas em práticas de reflorestação e jardinagem ecológica, sendo lançadas em áreas onde se pretende promover a recuperação de ecossistemas naturais. Ao serem dispersas no solo, as bombas de sementes aguardam as condições ideais de humidade para que a germinação ocorra, permitindo o crescimento de plantas nativas e contribuindo para a biodiversidade local.
Para a execução do projeto Bosque dos Lóios, constituiu-se um grupo de trabalho, suportado nos princípios da responsabilidade partilhada, composto por quatro entidades: CM de Coimbra, Invasoras.pt (Plataforma de informação e ciência-cidadã sobre plantas invasoras em Portugal), o movimento cívico Jardim Monte Formoso e a Milvoz - Associação de Proteção e Conservação da Natureza. Para além deste grupo, que vai estabelecer ações de planeamento e execução do projeto, prevê-se que, também, possa haver participação dos cidadãos, a título individual, nas diversas fases do projeto.
Este projeto parte do princípio de que os corredores ecológicos ou “corredores verdes” são elementos fundamentais de resiliência urbana, na medida em que proporcionam conexão entre ecossistemas da estrutura verde urbana, e desempenham um papel crucial na preservação da biodiversidade e na promoção da conectividade entre diferentes ecossistemas dos espaços verdes. Essas faixas de espaços verdes, muitas vezes estreitas, facilitam as dinâmicas de deslocamento entre a biodiversidade existente.
Através da criação do Bosque dos Lóios, pretende-se efetuar o preenchimento de uma lacuna de conectividade entre espaços verdes já existentes e é, claramente, o elemento que faltava para o estabelecimento de um corredor ecológico funcional, coerente e eficiente. A intervenção vai concentrar-se, para além da preservação dos elementos vegetais existentes com interesse de conservação, na reintrodução de espécies arbóreas, nomeadamente, “Quercus suber” (sobreiro) e “Quercus faginea” (carvalho-português), entre outras.
Pretende-se, também, criar um espaço de lazer focado na função ecológica, com a possibilidade de circulação pedonal entre a Quinta de São Jerónimo e a Rua Alberto de Oliveira, junto à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, através da colocação de mobiliário urbano devidamente enquadrado no objetivo primordial do projeto.
No local, vão ser colocadas, ainda, caixas-ninho em algumas das árvores adultas já existentes, de forma a fazer um pequeno projeto piloto de análise do estabelecimento de espécies até agora ausentes, designadamente algumas controladoras de “pragas”, tais como os morcegos e passeriformes insetívoros. Vai também ser colocada uma iluminação artificial adaptativa, para proteção de aves e de insetos, de acordo com indicações da associação internacional “Dark Sky” que visa combater a poluição luminosa, adaptando o horário de funcionamento das luminárias e a sua temperatura de cor ao longo da noite.