“Metamorphosis”, projeto de filme e livro sobre Góis
“Metamorphosis” é um projeto no domínio das artes visuais, constituído por um livro e um documentário de longa-metragem rodado em três das aldeias do xisto do concelho de Góis. Foi apresentado no último fim de semana.
O livro e o documentário contam a história de três mulheres - Elsa Claro, Lurdes Claro e Maria do Céu - que vivem em três aldeias do xisto de Góis: Aigra Velha, Aigra Nova e Comareira, e de um homem – Aires Joaquim – que conheceu todos os caminhos para chegar ao cimo da montanha e às estrelas. «A distância e a vulnerabilidade não os isolaram do mundo exterior, pelo contrário, enfrentar as alterações sociodemográficas que levaram ao declínio populacional destas aldeias do interior do país trouxe-lhes resiliência», refere a autarquia.
O documentário, realizado por António Luís Moreira, conta a história das três aldeias serranas vizinhas, ao longo de quase um século, propondo «uma reflexão sobre como a autoestima individual e a consciencialização histórica permitem ultrapassar discursos de fatalidade e determinam o nosso futuro». Já o livro é da autoria de Cármen Serejo, sendo essencialmente «uma reflexão sobre a existência, a incerteza e a resiliência», em que a autora «parte em busca de uma maior consciencialização sobre a fragilidade da vida e a importância de preservar o mundo natural».
Na abertura da sessão, que decorreu na Casa da Cultura de Góis, Fátima Gonçalves, técnica superior do município, definiu os dois autores como pessoas que «promovem uma reflexão sobre a “Metamorfose Social”, associada à destradicionalização das formas de vida, processo de libertação das formas sociais do passado que abre caminho para a formação de novas identidades e práticas sociais».
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