ULS: Plano de contingência para o inverno com 120 camas de retaguarda
O Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde - Módulo de Inverno da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra prevê um aumento até 120 camas de retaguarda. Conforme os níveis de procura e a capacidade de resposta, está prevista a dedicação progressiva de camas para infeções respiratórias, nomeadamente em unidades de internamento de pneumologia, doenças infeciosas e medicina interna.
O plano de contingência, hoje apresentado, aponta para a abertura sequencial de camas para este tipo de doentes: 26 camas nos Hospitais da Universidade de Coimbra, 25 no Hospital Geral e sete adicionais no Hospital de Cantanhede.
«Em situação limite de incapacidade de resposta do internamento, será adiada de atividade cirúrgica convencional programada normal», refere o documento.
Acresce o apoio ao nível dos cuidados de saúde primários, com alargamento de horário e de profissionais de saúde.
Entre as várias medidas apresentadas por Alexandre Lourenço está também a contratação de 60 profissionais de saúde - 40 enfermeiros e 20 técnicos auxiliares de saúde.
As medidas apresentadas incluem a criação de três centros de atendimento clínico, um deles, como já tinha sido anunciado no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, e os outros dois em locais ainda em negociação e a anunciar em breve. Nestas unidades, os doentes terão acesso a médico e enfermeiro, num horário alargado e com possibilidade de realizar exames e análises clínicas.
Ao nível da urgência hospitalar, a ULS deseja que se alcance um tempo mais reduzido entre a primeira observação médica e a alta clínica. «Na prática, estamos a tentar implementar um conjunto de algoritmos que vai permitir que o doente, antes de ter a primeira observação médica, possa já ter alguns exames de diagnóstico», sublinhou o presidente do Conselho de Administração da ULS.
Definido está também o reforço de recursos humanos nos dias 26 e 27 de dezembro e 2 e 3 de janeiro.
Sendo certo que a resposta será adaptada ao nível de contingência, a ULS prevê a segregação de circuito respiratório
As medidas transversais para os serviços de internamento contemplam a criação da Unidade Central de Gestão de Camas, a manutenção do alargamento de cinco camas de pediatria médica e o alargamento do programa de hospitalização domiciliária, com um aumento de 50%. «Nós só temos 10 vagas, o nosso objetivo é chegar às 15 vagas até ao final do ano», sublinhou Alexandre Lourenço.
Previsto está, igualmente, o alargamento do programa de cuidados continuados integrados no domicílio com mais 20 vagas até ao final do ano e 20 vagas a cada trimestre de 2025.
«Portanto, vamos chegar a 100 vagas neste período. Esta é uma resposta essencial. Nós temos atualmente 233 vagas para cuidados continuados integrados no domicílio», adiantou, lembrando que a ULS tem «cerca de 150 doentes diariamente», com alta clínica a aguardar por respostas domiciliárias e sociais na rede de cuidados continuados.