Discípulos conspiraram homenagem ao professor João Gouveia Monteiro
A emoção, o afeto, a gratidão e o reconhecimento dominaram, exaltando a personalidade e a obra do professor, do investigador e do homem. João Gouveia Monteiro, professor da Faculdade de Letras, especialista em História Militar Medieval, inspirou o colóquio “Miles er Bellum” que decorre até amanhã no Teatro Paulo Quintela”. Um evento científico, organizado pelos muitos discípulos do mestre, em jeito de reconhecimento e homenagem.
«Todos o admiramos como professor completo, como docente exemplar». «Todos o admiramos enquanto investigador, com uma profícua obra nacional e internacionalmente reconhecida. Também todos o admiramos pela sua disponibilidade para servir a Universidade, sobretudo a sua, a Universidade de Coimbra, e a sua casa de origem, a Faculdade de Letras». Palavras de Albano Figueiredo, diretor da Faculdade de Letras, na sessão de abertura.
Uma «homenagem justa» e «merecida» a «alguém de excelência», sublinhou, num elogio ao «colega com convicções fortes, pessoa determinada, que conjuga na perfeição com uma generosidade, afabilidade e afeto que fazem dele um exemplo, um professor completo, uma referência para professores, funcionários e estudantes».
«Sempre nos habituámos a ouvir, a respeitar e admirar a sua diversificada obra, a sua produção científica, a sua capacidade de trabalho, o seu percurso académico e também o seu lado mais pessoal, com a sua disponibilidade para ajudar, a simpatia, a moderação, afabilidade do trato, a sua força tranquila», disse Pedro Carvalho, que falou como diretor do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes, e como discípulo de João Gouveia Monteiro. «Conhecemo-nos há 36 anos», adiantou, juntando a sua voz a de todos quantos o têm «como uma referência enquanto bom professor», pela «clareza da sua exposição», pelas «aulas dinâmicas», onde se ouvia canto gregoriano, sem esquecer o «professor simpático, acessível, que há 36 anos jogava futebol connosco». Citando George Steiner, Pedro Carvalho lembrou que “Os verdadeiros mestres são aqueles que conseguem exaltar o espírito dos seus discípulos” e «este é também o legado do professor João Gouveia Monteiro e que o torna único».
Também o coordenador do Centro de História da Sociedade e da Cultura, entidade parceria da organização das jornadas, José Pedro Paiva, elogiou o «pacifista» e «irenista, no sentido grego do étimo» que se dedicou «ao estudo da guerra», e que classificou como «um dos professores mais comprometidos e exemplares» da Universidade de Coimbra.
O colóquio prossegue amanhã, com a sessão de encerramento a realizar às 18h00, com a conclusão e comentários finais a cargo de João Gouveia Monteiro.