Montemor-o-Velho com orçamento de 43,7 ME perspetiva grandes investimentos em 2025
A Câmara de Montemor-o-Velho aprovou hoje o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, no valor de 43,7 milhões de euros (ME), que representa um aumento de 9,7 ME relativamente a 2024.
“É o maior orçamento de sempre no município, que destina 17,3 ME para investimento, com um acréscimo de 7,4 ME”, sublinhou à agência Lusa o presidente da autarquia, Emílio Torrão (PS).
O documento, votada por maioria na tarde hoje, com a abstenção da coligação PSD/CDS-PP, na oposição, aponta ainda para um pequeno aumento da despesa corrente de 0,87%, no montante de 223 mil euros.
O aumento das receitas deve-se, segundo Emílio Torrão, aos projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Investimentos Territoriais Integrados-Centro 2020 e financiamentos comunitários.
O autarca destacou como grandes investimentos para 2025 a requalificação da Escola do Ensino Básico 2,3 Santos Bessa, na Carapinheira (3,7 ME), requalificação do Centro de Saúde (mais de 1 ME), construção de habitação a custos acessíveis (2,2 ME) e do Parque de Negócios (5,3 ME).
“Estamos a falar de investimento em habitação, construção, conservação de imóveis com vista ao mercado de arrendamento acessível, reabilitação de edifícios escolares e de saúde, construção e beneficiação de estruturas desportivas, eficiência energética e regeneração urbana”, referiu.
Emílio Torrão salientou ainda o investimento na rede viária municipal na ordem dos 600 mil euros, “que é habitual todos os anos e será idêntico a 2024”.
“A Câmara tem um saldo de gerência na ordem dos cinco milhões de euros positivos e estamos com indicadores de excelência, o que se deve aos serviços e a este executivo, sem diminuirmos o investimento”, sublinhou o presidente da Câmara.
Os três vereadores da oposição abstiveram-se na votação do Orçamento para 2025, com a social-democrata Maria João Sobreiro a fazer uma apreciação positiva do documento, por “retratar questões importantes na educação e saúde e reforçar os apoios às associações e às Juntas de Freguesia”.
A vereadora do PSD, considerando que “em anos de eleições todos os orçamentos são bons”, deixou, no entanto, reparos ao facto de o município “continuar a investir muito dinheiro em festas”, sem precisar o valor.
“São opções e uma forma de fazer política”, disse Maria João Sobreiro, que, apesar disso, elogiou o presidente da Câmara por ser um autarca “aguerrido, transparente e ter feito um bom trabalho”.
Na reunião de hoje, antes da aprovação do Orçamento, foi ainda votado, por maioria, com os votos contra da oposição, a manutenção da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,34%, a participação variável do IRS em 0,45%, devolvendo 0,5% aos munícipes, e a derrama em 1,4%.