Crescimento da FEUC esbarra em dois obstáculos
A Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) que há 54 anos arrancou com uma licenciatura e hoje tem quatro - Economia, Sociologia, Gestão e Relações Internacionais -, a que acrescem 34 pós-graduações, enfrenta atualmente dois grandes obstáculos ao crescimento.
Ontem, ao discursar na cerimónia comemorativa do Dia da Faculdade, o diretor apontou, como primeiro obstáculo, o problema do «envelhecimento crescente do corpo docente», com a base de recrutamento a um ritmo abaixo de aposentações e jubilações. «O que origina cargas horárias muito pesadas e turmas sobredimensionadas, com risco de perda de qualidade pedagógica e da capacidade de produção científica», acentuou José Manuel Mendes, ao assinalar o impacto que a situação tem no contributo da FEUC para a concretização da missão da UC.
O segundo obstáculo está «no esgotamento da capacidade logística das atuais instalações da FEUC na Avenida Dias da Silva. A expansão física da FEUC «é um projeto a pensar urgentemente», defendeu, para uma oferta de um ensino de qualidade e para projetar uma visão de modernidade e de ambição.
Com 2.650 estudantes, a Faculdade tem como prioridade, na visão estratégica, «o ensino e as práticas pedagógicas de excelência, a excelência na investigação, a internacionalização e a atratividade da oferta», identificou, ao dedicar parte da intervenção às novas tecnologias e aos desafios da digitalização e da Inteligência Artificial (IA) ao nível pedagógico. Já com alguns passos dados, de forma circunscrita, caberá à nova Comissão para a Qualidade e Inovação Pedagógica a missão de, de uma forma abrangente e estruturada, efetuar o diagnóstico das práticas existentes ao nível da incorporação de ferramentas e competências digitais. Fará o levantamento das necessidades e irá propor «linhas de atuação que permitam à FEUC uma abordagem consequente nesta área», afirmou.