O Museu Monsenhor Nunes Pereira, instalado na aldeia de Fajão, do concelho de Pampilhosa da Serra, assinala 27 anos de existência. Um marco na preservação e valorização do património local que o museu vai comemorar na próxima sexta-feira com a realização de várias iniciativas. Trata-se de um local que monsenhor Nunes Pereira elegeu como o seu espaço de trabalho, onde instalou a sua oficina e produziu centenas de obras, desde as singulares xilogravuras, a que o seu nome estará sempre associado, e a trabalhos em aguarela.
O programa comemorativo do aniversário, destinado a toda a comunidade e visitantes, começa às 11h00, com a apresentação de oito painéis alusivos aos Contos de Fajão, que estão dispostos pela aldeia. Em causa está um conjunto de lendas que integravam a memória coletiva das gentes de Fajão e que Nunes Pereira recuperou, num árduo trabalho de 20 anos, dando-lhes forma de letra e ilustrações a condizer, com o traço único que o caracterizava.
Para as 14h00 está prevista a inauguração, na Galeria Monsenhor Nunes Pereira, da exposição com trabalhos de Augusto Nunes Pereira e Guilherme Filipe, dois grandes artistas oriundos de Fajão. Duas horas depois, no Adro da Igreja, há leitura de contos e atividades dinamizadas pelo Museu Municipal de Pampilhosa da Serra e, pelas 21h00, cinema ao ar livre, com a apresentação de “Terra Queimada”,(2019, de Francisco Romão, vencedor do Prémio Sophia) e do filme “La Comunidad” (2000, de Henrique de La Iglesia).