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“O sonho de uma medalha olímpica mantém-se”

Messias Baptista ! Canoísta que venceu duas medalhas de ouro e um bronze no Campeonato do Mundo e arrecadou o diploma olímpico em Paris 2024 vai “lutar” para concretizar esse objetivo nos Jogos de Los Angeles 2028. Montemor-o-Velho, onde estagia e já morou dois anos, e Coimbra, onde já estudou na Universidade, são “segunda casa”

Diário de Coimbra | Disse, quando se sagrou campeão mundial de k1 200 metros, “sou o canoísta mais rápido do mundo”. Considera que este é o título pesado de continuar a assegurar?
Messias Baptista O que se faz para manter é alcançar outro igual (risos!). Há um Mundial todos os anos e é sempre possível defender e renovar o título conquistado. Ser o mais rápido do mundo é algo que já vem desde que era criança e sempre sonhei poder dizer isso e ter esse título. Sempre fui um pouco mais rápido que os outros e nunca tive atração por distâncias mais longas. Estava numa boa fase, foi um ano incrível em termos de condição física e na forma em que estava e conseguir esse título foi algo gratificante.

Contava que o Campeonato do Mundo, com três medalhas, duas de campeão mundial e um bronze no K4 500 metros misto, lhe corresse tão bem? Foi planeado chegar lá, ao Uzbequistão, e alcançar tudo isto?
O Campeonato do Mundo no Uzbequistão, como eram apenas duas semanas após os Jogos Olímpicos, optei por, pessoalmente, participar e cheguei lá com a continuação da forma que exibi em Paris 2024. Sabia que conseguia fazer algo bonito mas não sabia que ia conseguir três medalhas e duas delas seriam de ouro.

Ficou com um sabor “amargo” em Paris 2024. Que aprendizagem retirou desses Jogos Olímpicos?
Vou ser sincero, falar de Paris 2024 é algo que ainda me custa. Ainda não superei o resultado. Se dissermos que ficámos mal com um 6.º lugar e diploma olímpico parece um bocado mau, mas a verdade é que o objetivo era outro. Fomos para lá como campeões do mundo, o nível estava alto e sabíamos que tanto podíamos ganhar como ficar em 6.º ou 7.º. Dois ou três minutos a seguir, noutra prova, seria diferente. Aprender a aceitar esse resultado faz parte do desporto. Temos de tentar perceber o que efetivamente cor­reu mal porque não consigo perceber o que podíamos ter feito diferente. Tanto eu, como o João, fizemos o que podíamos. Nos últimos dois anos fiz medalha em todas as provas internacionais em que participei. Falhou uma que foi a mais importante: os Jogos Olímpicos.

 

Pode ler a Entrevista da Semana completa na edição de hoje do Diário de Coimbra

Dezembro 12, 2024 . 11:45

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