Será que só funcionamos no “desenrascanço”?
O "desenrascanço" é uma característica frequentemente associada à cultura portuguesa, descrita como a capacidade de encontrar soluções improvisadas para problemas complexos ou inesperados, quase sempre de última hora. Fomos supereficientes na crise do COVID e em muitas situações limite, urgências, emergências, solidariedade etc. onde todo o país se mobiliza quase que por indução.
Mas porque é que se funcionamos tão bem em crise, temos tanta relutância em planear a longo prazo, sem estratégia? Fomos eficazes na criação do SNS, da escola publica, no turismo e até na segurança, mas recorrentemente todos os anos fecham urgências, não há médicos, não há professores, os tribunais demoram e, esta semana, tivemos um choque ao saber do estado das nossas prisões.
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