Denunciadas “situações anómalas” no Centro de Saúde de São Pedro
A vereadora do Partido Socialista (PS) da Câmara Municipal da Figueira da Foz denunciou ontem, em reunião do executivo, algumas «situações anómalas que se mantêm» no Centro de Saúde de São Pedro. Glória Pinto, ao intervir no período antes da ordem do dia, informou o executivo que «grande parte da população está sem médico de família», em virtude de o clínico que deveria estar a exercer funções naquela unidade de saúde ter «colocado baixa em novembro último, após ter sido ameaçado por um utente» e não fora substituído. A autarca, inclusivamente, assegurou que o médico está, atualmente, a prestar serviço no «Centro de Saúde de Lavos».
Nesse sentido, Glória Pinto diz «não parecer razoável esta questão» do Centro de Saúde, ainda por cima numa altura em que o Hospital da Figueira da Foz «está com uma grande taxa de esforço». «Existe um médico que vai ao Centro de Saúde de São Pedro duas vezes por semana para atender casos urgentes», precisou.
Sobre esta matéria, Pedro Santana Lopes afirmou que «não deve ser a câmara ou a vereadora com o pelouro da saúde a dar resposta» sobre o sucedido, solicitando à socialista que «coloque a questão à Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Mondego». «O município tem obrigação de ter alguma informação» sobre o assunto mas não deve tomar posição, até porque, diz, a «autarquia ainda não designou o representante na ULS». O autarca reconheceu, todavia, que já existiram contactos com Soure e Montemor-o-Velho nesse sentido mas que o «processo ficou suspenso».
«Houve vários candidatos, a Figueira da Foz, por exemplo, não apresentou nenhum, mas ainda não houve consenso», explicou Pedro Santana Lopes.
O executivo aprovou por unanimidade a proposta de não adjudicação e revogação da decisão de contratar para empreitada de construção de nova unidade de saúde familiar de S. Pedro, na margem sul do concelho, em virtude de o concurso público ter ficado deserto. Pedro Santana Lopes espera, no entanto, conseguir lançar um novo concurso público muito em breve
Aprovada foi também a proposta de adjudicação da empreitada para transformação do antigo Hotel Hispânia, situado no Bairro Novo, em 22 apartamentos (16 T3, dois T2, dois T1, um T4 e um T0) de habitação pública para arrendamento acessível. Recorde-se, que o município lançou um programa estratégico de reabilitação e construção pública para responder ao problema de falta de casas com renda acessível.
Com esta aposta, a Figueira da Foz passou a figurar entre os municípios portugueses que mais investem em habitação pública. Aliás, desde o primeiro mandato do presidente da câmara, Pedro Santana Lopes (1997 – 2001) que não era lançada nova construção de habitação pública no concelho.|