Vila Nova de Oliveirinha de luto
O ambiente é de consternação e de dor em Vila Nova de Oliveirinha. A notícia de que Susana Cristina Carvalho, de 44 anos, Sónia Cláudia Melo, de 36, e Paulo Jorge Santos, de 38, operacionais experientes da corporação da terra, tinham sido apanhados pelas chamas num incêndio em Vila do Mato, concelho de Tábua, chocou toda a comunidade e o país.
No quartel, a bandeira a meia haste e o silêncio. Enquanto lá fora começam a juntar-se populares e amigos das vítimas, que ainda não acreditam na fatalidade que tirou a vida aos três bombeiros. As circunstâncias em que ocorreu o acidente estão a ser investigadas, como referiu Carlos Luís Tavares, comandante distrital de Emergência e Proteção Civil, já depois de Nuno Melo, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveirinha, ter explicado aos jornalistas que as três vítimas mortais se encontravam a combater o incêndio fora da viatura, enquanto os outros dois elementos da equipa se encontravam no carro de combate, quando aconteceu a tragédia.
O responsável salientou que a operação aconteceu numa vertente do Mondego muito acentuada com eucaliptos. «O fogo vem de baixo para cima, eles tentam subir e o fogo apanha-os», adiantou.
«Nem há palavras», adianta Jorge “Carteiro” (como é conhecido), de 76 anos, que reside a escassos metros do quartel e que ontem recordou com admiração as duas bombeiras e o bombeiro falecido no incêndio, que, recorde-se deflagrou domingo, em Nelas, e se estendeu a Carregal do Sal e, mais tarde, chegou ao concelho de Tábua, na localidade de Vila do Mato e Póvoa de Midões.
Na memória de muitos está ainda bem vivo o acidente que deixou gravemente ferido Gonçalo Coelho, na altura com 28 anos, que foi atropelado por uma viatura, igualmente no combate a um incêndio.
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