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Joana Vasconcelos expõe 50 obras em palácio de Madrid

Exposição "Flamboyant. Joana Vasconcelos no Palácio de Liria" abre ao público na sexta-feira

A artista portuguesa Joana Vasconcelos expõe até 31 de julho 50 obras, algumas delas icónicas, nos salões e jardins do Palácio de Liria, em Madrid, numa intervenção em diálogo com peças de Velázquez ou Goya.

Trata-se de uma intervenção em que as obras de arte contemporânea de Joana Vasconcelos se fundem com a história deste palácio da Fundação Casa de Alba, à semelhança do que a artista portuguesa fez em 2012 no Palácio de Versalhes, em França.

Segundo informação divulgada pela Fundação Casa de Alba, a exposição "Flamboyant. Joana Vasconcelos no Palácio de Liria" abre ao público na sexta-feira, mas terá hoje um momento de inauguração oficial, com a visita do Rei de Espanha, Felipe VI.

Além do monarca, inaugurarão hoje a exposição, numa visita acompanhada pela própria artista, o ministro da Administração Interna de Espanha, Fernando Grande-Marlaska, o duque de Alba e proprietário do Palácio de Liria, Carlos Fitz-James Suart, o presidente da Câmara de Madrid, José Luis Martinez-Almeida, e o embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes.

Até 31 de julho, obras de Joana Vasconcelos estarão expostas nos jardins e salões emblemáticos do Palácio de Liria visitáveis pelo público, mas também em outros espaços normalmente fechados a visitantes e nos quais vão conviver com obras de artistas como Velázquez, Goya, Rubens, Ticiano e Murillo, que pertencem aos duques de Alba e decoram várias divisões.

Numa apresentação do projeto em Madrid, em janeiro, Joana Vasconcelos destacou que é a primeira vez que faz uma intervenção num palácio em Madrid e que a sua obra é exposta num edifício ainda habitado pela família proprietária de origem.

A intervenção conta com cerca de 50 obras expostas em dois andares do palácio em "muitas salas nas quais se produzirá um encontro entre o passado e a contemporaneidade", no "diálogo total" que constrói o futuro das "consciências culturais", disse a artista, na mesma ocasião.

Para o presidente da Câmara de Madrid, José Luis Martínez Almeida, esta exposição será "um dos principais acontecimentos culturais do ano" na capital espanhola.

No mesmo dia, o duque de Alba destacou "a bela sinfonia de contrastes entre a arte clássica e a obra de Joana [Vasconcelos]" em que se traduz a exposição.

A Fundação Casa de Alba foi estabelecida em 1973 pelos duques de Alba, família aristocrática espanhola, para realizar a conservação e divulgação do legado histórico e artístico da família, que possui uma coleção de arte iniciada no século XVI.

Através de exposições como esta, a Fundação Casa de Alba diz pretender concretizar uma “política de proximidade e abertura” defendida pelo atual presidente, o 19.º duque de Alba, Carlos Fitz-James Stuart y Martínez de Irujo, para aumentar o acesso do público ao património histórico da família.

Reconhecida internacionalmente pelas suas esculturas e instalações monumentais, algumas de caráter feminista, Joana Vasconcelos, segundo a organização da exposição, “irá instalar no palácio algumas das suas peças mais icónicas e criações recentes”, em diálogo com a coleção privada da Casa de Alba.

Joana Vasconcelos, nascida em 1971, conta com uma carreira de mais de três décadas, que se caracteriza pela descontextualização de objetos do quotidiano e pela apropriação do artesanato tradicional, que adapta ao século XXI para questionar temas como o papel da mulher, a sociedade de consumo e a identidade cultural.

Vasconcelos representou oficialmente Portugal na Bienal de Arte de Veneza, em 2013, levando um cacilheiro transformado em obra de arte ao recinto principal da mostra internacional contemporânea.

Foi a primeira artista mulher e a criadora mais jovem a apresentar o seu trabalho no Palácio de Versailles, numa mostra individual, e tem levado a sua produção a instituições como o Museu Guggenheim Bilbao (Espanha), o Palácio Pitti e as Galerias Uffizi (Florença, Itália), entre outras.

Fevereiro 13, 2025 . 11:11

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