
Violador condenado a pena de cadeia de 5 anos
O predador sexual que, nas redes sociais, se fazia passar por professor universitário ou fotógrafo para iniciar conversação com mulheres, foi hoje condenado a uma pena de cinco anos e seis meses de cadeia.
O Tribunal Coletivo de Coimbra deu como provada a prática de três crimes de violação (um deles na forma tentada) e ainda um crime de gravações e fotografias ilícitas. Além da pena de cadeia, o homem, de 32 anos e residente na Mealhada, terá ainda de indemnizar as vítimas num total de 20 mil euros.
O arguido, operário fabril, procurava ganhar a confiança das vítimas no Instagram ou no Tinder antes dos encontros presenciais, sempre de noite, que depois resultavam em violação. Na cidade de Coimbra fez duas vítimas, de 24 e 31 anos. Em Águeda foi uma jovem de 27 anos. Os crimes ocorreram entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, mês em que foi detido pela Polícia Judiciária.
Num dos casos, ocorridos num motel da cidade de Coimbra para onde se tinham deslocado para a suposta sessão fotográfica, o arguido filmou a violação.
«Ela disse centenas de vezes que não queria», sublinhou a juíza, referindo-se a esse filme que foi apreendido no telemóvel do arguido e que foi uma das provas que ajudou o tribunal a não acreditar na versão do predador sexual.
Perante os juízes, o arguido disse que todas as relações foram consentidas e apenas pediu desculpa por ter filmado sem autorização. Uma posição a que o tribunal não deu credibilidade quer pelas filmagens quer pelo discurso das vítimas, que, esse sim, foi considerado «coerente e credível».
«Não é não. É preciso que se tenha consciência disso», sublinhou a presidente do Tribunal Coletivo para quem o arguido revela uma personalidade correspondente à de um «predador sexual». Motivo pelo qual deverá manter na cadeia o tratamento psiquiátrico a que tem vindo a ser sujeito desde que está em prisão preventiva.