José João Oliveira recusa alta dos HUC por não ter para onde ir
Paraplégico e a precisar de constantes tratamentos médicos, José João Oliveira teve alta clínica a 14 de agosto mas não sai dos HUC por não ter para onde ir. Ao ponto de hoje ter uma importante sessão no Tribunal do Trabalho - relacionada com o acidente que, em 2020, o deixou com uma incapacidade funcional de 100% - e não arriscar sair do hospital por ter a convicção de que no regresso já não teria a sua cama.
O pesadelo de José João Oliveira, hoje com 42 anos e com residência em Covões, Cantanhede, começou a 13 de maio de 2020. O ex-madeireiro estava a trabalhar na zona de Ansião quando um eucalipto mal cortado pelo seu patrão o atingiu violentamente. Com a desculpa que não tinham rede, não ligaram para o INEM e o seu patrão transportou-o, durante mais de 40 quilómetros, num carro particular até às urgências. «Deixou-me na urgência e foi embora. Até hoje nunca mais disse mais nada», conta-nos José João Oliveira, que já tinha entregue todos os documentos para formalizar o contrato de trabalho mas, nos cerca de seis meses de trabalho, nunca lho chegaram a apresentar para assinar.
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