Pampilhosa da Serra é “exemplo inspirador” para outras regiões

O secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, é a mais recente “conquista” da Pampilhosa da Serra. Numa visita de campo efetuada à área destinada à instalação de vinha, junto à aldeia de Trinhão, nos meandros do rio Zêzere, o governante mostrou-se “rendido” ao projeto desenhado para parte da área de intervenção e gestão da paisagem (AIGP) da Travessa.

Contagiado pelo entusiasmo com que tem sido desenvolvido este projeto, o governante destacou o «trabalho ciclópico» e a «visão» do Município de Pampilhosa da Serra relativamente à proposta de exploração vitivinícola que já começou a ganhar forma. Citado numa nota de imprensa, considerou que se trata de «uma matriz» e um exemplo de «fazer diferente para melhor» que pode ser «inspirador para outros municípios e regiões».

«Mais do que construir uma vinha, o que se pretende é «criar vários mosaicos, rentabilizar o território e mostrar que é possível transformar a floresta em agricultura ou através de outras espécies que não seja só o pinheiro e o eucalipto», esclareceu Jorge Custódio, presidente da Câmara Municipal, à margem da visita aos trabalhos de construção dos patamares para instalação da vinha. Uma visita realizada sexta-feira, que permitiu, também, conhecer a intervenção que está a ser feita em áreas florestais sob gestão da empresa pública Florestgal, nomeadamente nos baldios das freguesias de Pessegueiro e de Pampilhosa da Serra.

Informado relativamente às «exigentes etapas processuais e administrativas» cumpridas até à entrada das máquinas no terreno, designadamente o «registo e emparcelamento de centenas de parcelas de terreno», o secretário de Estado considerou que, contas feitas, este é um «trabalho gratificante» e também um bom exemplo de como devem funcionar as «sinergias públicas». «A Florestgal, a cooperação do ICNF, o envolvimento do município e de outras entidades e parceiros» mostram que «é possível conjugar esforços e recursos, sejam eles europeus ou nacionais, em prol do interesse público e do interesse do território», conciliando uma «abordagem de maior resiliência contra os incêndios com uma maior produtividade e produtos que vão gerar riqueza», adiantou.

Jorge Custódio destacou, também, o «trabalho significativo de reflorestação que tem acontecido nos baldios de Pampilhosa da Serra e pessegueiro», também numa ação concertada entre o município, as duas juntas de freguesia e o ICNF, que «deram as mãos para este processo que concilia áreas de reflorestação e de plantação com as redes primárias de proteção dos territórios». O resultado desta união de esforços e vontade «não se consegue ver amanhã, mas o caminho já começou a ser feito», disse ainda o autarca. «Só podemos projetar o concelho se pensarmos nas próximas gerações e é isso que estamos a fazer», concluiu.