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Tiago Moutinho promete algumas mexidas


Domingo, 12 de Novembro de 2023

Depois da vitória em Ponte de Sor, a semana foi “mais normal” em termos de confiança da equipa?
Tiago Moutinho Era uma vitória que nós precisávamos para os índices de confiança, de alegria também e de felicidade. De estarmos mais focados e concentrados nos objetivos que temos e nos próximos jogos. Era um jogo importante, de viragem, que iniciava a segunda volta, eram três pontos que eram fundamentais para nós. Estamos a um ponto do 4.º classificado, temos agora um jogo com adversário que queremos vencer para o ultrapassar e entrar nos quatro primeiros. Foi uma semana boa de trabalho. Deu para melhorar os nossos processos e trabalhar um ou outro comportamento já a pensar no adversário. Foi uma semana positiva.

O Alverca foi a equipa, na primeira volta, que talvez tenha sido superior à Académica que acabou por ganhar o jogo. Como perspetiva este jogo?
Perspetivo um Alverca mais pragmático, a deixar-nos jogar e mais em transição ofensiva e não tanto a pressionar alto nem a dominar o jogo como na primeira volta. Concordo que no primeiro jogo o adversário em determinados momentos esteve por cima do jogo, apesar da nossa excelente resposta no fim. Vai ser um jogo muito no detalhe. O Alverca é uma equipa que está muito bem trabalhada, bem organizada. Preocupam-se mui¬to com o estudo do adversário e nós sabemos disso. Vamos apresentar algumas coisas novas para “desmontar” este Alverca e é um jogo que para nós é importante continuar a vencer e estamos motivados para vencer. Agora é a nossa vez de mostrar que queremos ser superiores ao Alverca.
Ainda não ganharam em casa para o campeonato, também por aí, até que ponto é importante vencer?
É importante por tudo, até para nos alimentar, o nosso ego, esta mentalidade vencedora que este grupo tem. Passámos por uma fase menos positiva, mas a resposta no último jogo foi muito positiva, de uma equipa já com outra maturidade e outra inteligência e já a saber gerir o ritmo de jogo. Se olharmos, comparativamente com algumas semanas atrás, somos uma equipa mais adulta na forma como gerir os ritmos do jogo. Nós queremos vencer. Temos um calendário que nos deixa com um bom “feeling”. Ainda não ganhámos em casa, mas vamos vencer um dia e esse dia vai ser amanhã [hoje].

Equaciona mudar alguma coisa e não assumir tanto o jogo, mesmo estando a jogar em casa?
Nós sempre equacionamos fazer aquilo que achamos que é o mais correto ou o mais próximo de vencer o jogo. Somos uma equipa que gostamos de dominar, temos esse comportamento padrão, porque temos jogadores que gostam, sentem-se felizes e desfrutam dessa ideia de jogo. Agora, sabemos que muitas vezes não o vamos conseguir. Jogar em casa traz-nos outra responsablidade e nós gostamos dessa responsabilidade. A questão das vitórias, elas vão aparecer. Que ninguém duvide disso. Queremos apelar aos adeptos que têm dado um apoio incrível. Não vemos isto de jogar em casa como um problema, mas como uma motivação extra. Vencer por eles e por nós.

Esta competitividade da Liga 3 coloca seis/sete equipas que podem passar. Isto surpreende-o?
Não me surpreende. Nas duas séries, sete/oito equipas, por muito que não o assumam, querem ficar nos quatro primeiros. Hoje em dia, com as excelentes equipas técnicas e qualidade dos jogadores é natural que isso aconteça. Nós dependemos de nós, temos o destino nas nossas mãos e temos de encarar isso de forma positiva. Agarrar “com unhas e dentes” essa possibilidade de decidirmos o nosso futuro e esse futuro passa por ficar nos quatro primeiros, queremos entrar onde já estivemos e depois de lá entrar novamente já não sairemos de lá.

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