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Vale das Abadias vai crescer 11,3 hectares para norte


Sexta, 08 de Dezembro de 2023

O executivo municipal da Figueira da Foz aprovou ontem, em reunião de câmara, a versão final da proposta de delimitação da unidade de execução do Vale das Abadias. Uma intervenção que fará com que o espaço natural cresça 11,3 hectares para norte, sendo que 5,5 hectares serão exclusivamente de área verde.
A proposta prevê o prolongamento do corredor verde associado ao Vale das Abadias e funciona como um instrumento de execução do Plano Diretor Municipal (PDM) da Figueira da Foz em vigor, abrangendo uma área suficientemente vasta para se constituir uma unidade urbanística autónoma funcional que se articule com a área urbana envolvente e respetivas infraestruturas públicas, onde se estabelece, através de uma intervenção urbanística de conjunto, um modelo de ocupação territorial coeso e funcionalmente articulado, definindo-se as áreas destinadas a espaços públicos e as áreas privadas. Deste modo, esta Unidade de Execução também tem como propósito, estabelecer mecanismos adequados que garantam a justa repartição dos encargos e benefícios entre os diferentes proprietários abrangidos.
Assim sendo, esta proposta de delimitação da Unidade de Execução tem uma função reguladora na ocupação e transformação do solo da área a intervencionar, com a perspetiva de promover a atratividade geral da área a intervencionar enquanto espaço de fruição, num contexto privilegiado pelo potencial de concretização da continuidade do corredor verde associado ao Vale das Abadias.
Segundo Pedro Santana Lopes, o «prolongamento do Parque Verde da cidade é uma obra ousada e muito importante para a identidade da Figueira da Foz», bem como «para a valorização do espaços verdes e da riqueza natural e ambiental».
As negociações com os proprietários do terrenos da área a expandir «estão concluídas», frisou o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, à margem da reunião do executivo, pelo que, agora, a autarquia «vai passar para a fase seguinte, que passa pela concretização dos acordos e formalização com os proprietários». «Alguns ficam com direitos de construção nos terrenos que já tinham, mas enquadrados e limitados para permitir o prolongamento da faixa verde. Será algo muito importante para a cidade e que se enquadra nestes objetivos de Europa verde. É uma obra de grande importância que espero que possa arrancar muito em breve», sublinhou o autarca.
O projeto, adianta Santana Lopes, «ainda não está todo concluído» mas a autarquia «vai conseguir não ter custos na expropriação» porque, como explicou, «quem fica com direito de construção irá pagar a quem tem de ser ressarcido pelos terrenos». «Mas falamos de uma verba a rondar os 800 mil euros», concluiu o autarca.|

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