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Municípios da CIM Região de Coimbra admitem suspender pagamentos à ERSUC


Terça, 26 de Março de 2024

Os municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) contestam a decisão da ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro de distribuição de dividendos quando a empresa tem dívidas e é alvo de recorrentes queixas por parte dos clientes. Em cima da mesa está a possibilidade de suspensão dos pagamentos à ERSUC.
«Estando a empresa fortemente endividada e a suportar custos financeiros muito elevados, na ordem dos 2,5 milhões de euros em 2023, esta decisão de distribuir dividendos pelos acionistas é irracional e contrária aos interesses da ERSUC, dos municípios e da população», afirma, em comunicado, a CIM-RC.
O presidente da CIM-RC, contactado pelo Diário de Coimbra, admite que a entidade possa vir a tomar esta «posição extrema» de suspender os pagamentos, ainda que defenda que este deva ser o último recurso. Para já, Emílio Torrão informa que a CIM-RC vai reunir com o seu departamento jurídico para «equacionar um conjunto de medidas que pode chegar ao não pagamento de faturas». «Por acharmos estranho, anómalo, é que temos de tomar esta posição, não parece ser um ato de boa gestão», considera, alertando ainda para a «falta de diálogo» que tem existido da parte da ERSUC para com os municípios.
Em causa está, segundo um comunicado da CIM-RC, a «forte divergência» entre o acionista maioritário da ERSUC (a EGF - Empresa Geral de Fomento, detida pela Mota Engil) e os municípios que são simultaneamente acionistas e clientes, estando na base deste desacordo a proposta de distribuição de cerca de dois milhões de euros aos acionistas, aprovada pelos dois acionistas maioritários controlados pela Mota Engil: - EGF e SUMA - com o voto contra dos municípios.

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