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Diogo Carvalho vai ao sótão buscar histórias do 25 de Abril para contar ao público


Terça, 02 de Abril de 2024

O Zeca e a Margarida são dois irmãos que se encontram, ao fim de alguns anos, no funeral da mãe. O momento de dor pela perda destes dois irmãos é também pretexto para desfolhar memórias quando, juntos no sótão de casa, encontram todas as recordações de um avô que morreu na Guerra Colonial, deixando sozinhas a avó e a mãe.São as emoções deste rebuscar de memórias que o ator de Coimbra Diogo Carvalho levará a palco com o espetáculo “A Revolução está no meu sótão” , com estreia marcada para esta sexta-feira e sábado, a partir das 21h30, no Teatro Esther de Carvalho, em Montemor-o-Velho.
«É uma história muito emocionante», confirma ao Diário de Coimbra Diogo Carvalho, que partilha palco com a atriz Tânia Orchid, para levar a público um texto original, encomendado pelo ator a Carlota Castro para ser uma peça para o público escolar, mas acabou por se “transformar” num espetáculo para todas as idades, com a certeza de que «é um excelente retrato do 25 de Abril e da Guerra Colonial».
Através das memórias no sótão dos dois irmãos e das recordações de um avô que não conheceram, Zeca e Margarida contam (ou recordam) ao público o que era a PIDE, como era viver em repressão e o que significou para muitos jovens na época serem obrigados a ir para a guerra.
«Será um dos números mais emocionantes da peça», diz ao Diário de Coimbra Diogo Carvalho, sublinhando o momento em que os irmãos vão ler a carta da partida do avô para a Guerra, que mais não é do que um texto original de um ex--combatente, António Inácio Nogueira, de Coimbra, que, aliás, estará presente no Teatro Esther de Carvalho na sexta-feira a assistir à estreia da peça.

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