O Papa Francisco recebeu hoje, no Vaticano, os humoristas de várias partes do mundo, nomeadamente os portugueses Ricardo Araújo Pereira, Maria Rueff e Joana Marques. "Embora a comunicação hoje em dia muitas vezes gere contraposições, vocês sabem como unir realidades diferentes e, às vezes, até opostas. O riso do humorismo nunca é "contra" alguém, mas é sempre inclusivo, proativo, desperta abertura, simpatia e empatia", disse o Papa no discurso desta manhã.
«Tenho grande estima por vocês, artistas que se expressam com a linguagem da comédia, do humorismo e da ironia. De todos os profissionais que trabalham na televisão, no cinema, no teatro, na imprensa, com músicas, nas redes sociais, vocês estão entre os mais amados, procurados e aplaudidos. Certamente porque são bons, mas há também outro motivo: vocês têm e cultivam o dom de fazer as pessoas rirem», disse o Sumo Pontíficie.
Na sua intervenção, referiu ainda que os humoristas conseguem «outro milagre»: »conseguem fazer sorrir mesmo quando lidam com problemas, pequenos e grandes fatos da história. Vocês denunciam os excessos do poder; dão voz a situações esquecidas; evidenciam abusos; apontam para comportamentos inadequados. Mas sem espalhar alarme ou terror, ansiedade ou medo, como fazem muitos da comunicação; vocês despertam o senso crítico fazendo rir e sorrir. Vocês fazem isso contando histórias de vida, narrando a realidade, de acordo com seu ponto de vista original; e, dessa forma, falam às pessoas sobre problemas pequenos e grandes».