Arquitetos do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (DARQ) estão a estudar, narrar e mapear a cidade de Coimbra que cresceu a partir dos anos 50 e nas décadas seguintes para perceber se hoje estaria preparada para semelhante crescimento que teve a virtude de ser ordenado, planeado e capaz de dar a resposta ao boom populacional que se assistiu então.
«Pretendemos mapear a cidade que cresceu entre as décadas de 50 e de 80, em que foi um crescimento exponencial em relação a outros crescimentos, para nos ajudar a compreender melhor o presente, em que medida estamos preparados como a cidade estava preparada nos anos 50 para poder suportar um crescimento deste tipo», sintetizou ontem o arquiteto José António Bandeirinha, no final da cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, assinado na Capela do Colégio das Artes.
Coimbra Nouvelle Vague - espaço urbano, obras e protagonistas, assim se intitula o projeto, desenvolvido por docentes e investigadores do DARQ e que constitui o primeiro realizado no âmbito da parceria firmada. Espera-se que dentro de um ano já existam conclusões a apresentar.
O protocolo ontem assinado, que enquadra já este projeto Nouvelle Vague, prevê a cooperação entre o Arquivo Municipal de Coimbra e o DARQ da UC, para a preservação da memória e para a produção de conhecimento nos domínios da arquitetura e do urbanismo da cidade e da região.
José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra, frisou que é juntando «competências, arquivos e memória» que se engrandece a cidade. Amílcar Falcão, reitor da UC, realçou a «abertura» da Universidade à cidade, considerando que é com «disseminação de conhecimento» que «todos ganhamos».