O Coliseu Figueirense vai voltar a acolher a Festa da Sardinha, numa organização da Malta do Viso, coletividade que está empenhada em «não deixar morrer a tradição». O evento está marcado para o dia 20 do próximo mês de julho, uma data um tanto tardia relativamente ao calendário habitual, tendo em conta que a iniciativa representava, habitualmente, o “pontapé de saída” para as Festas de São João – Festas da Cidade.
Carlos Batista, presidente da direção da coletividade, confessa que a data foi mesmo alterada, de forma a evitar “coincidências” com a Festa da Sardinha promovida pela Câmara Municipal - que deverá realizar-se depois da Feira das Freguesias, que decorre na Praça João Ataíde. Apesar da falta de informação clara, a Malta do Viso decidiu avançar com uma data “insuspeita”: 20 de julho.
Uma Festa da Sardinha que, todavia, não tem nada a ver com a dinâmica que este evento ganhou, com o envolvimento de muitas dezenas de voluntários, empenhados em transformar a redondel do Coliseu Figueirense num enorme restaurante a céu aberto, onde se serviam muitas centenas de quilos de sardinha, acabada de assar, acompanhada pelo tradicional caldo verde, broa, sem faltar o arroz doce, como remate.
«Assegurámos a Festa da Sardinha durante praticamente 30 anos, com um hiato de dois ou três anos», diz Carlos Batista, que recorda o evento como uma festa feita pelos restaurantes, onde se comia sardinha assada, «mas até feijoada havia». «Era um negócio», conta. Foi com a chancela da Malta do Viso que a festa se rendeu unicamente ao bom sabor da sardinha.
