«A candidatura de Conimbriga deverá ser totalmente reformulada, encontrando eventualmente uma nova linha condutora». O “recado” é da comissão de avaliação prévia, entidade que faz o “crivo” e orienta as propostas de candidatura, que posteriormente são validados pela Comissão Nacional da Unesco. Um primeiro patamar no longo caminho até à apreciação da Unesco para classificação como Património Mundial da Humanidade. A listagem indicativa da Comissão Nacional conta atualmente com 17 propostas. Há 10 em análise, entre as quais a de Conimbriga.
Nuno Moita, presidente da Câmara de Condeixa – entidade que lidera a candidatura, em parceria com a Associação Ecomuseu – desdramatiza a situação, reconhecendo, muito embora, que se trata de «um processo complicado, longo e exigente». Um processo que atravessa um período crucial, com a «comissão “ah doc”» a fazer o “trabalho de casa”, ou seja, a promover uma análise exaustiva das propostas de candidatura e a «fazer pressão» e «exigências» para validar estes processos que, então sim, podem passar à fase seguinte e integrar “Lista Indicativa” que a Comissão Nacional da Unesco irá apresentar.
Otimista, lembra a candidatura de Coimbra, que se arrastou ao longo de «20 anos» e «só foi aprovada na segunda apresentação». «Nós começámos o processo em 2014», diz.
Empenhado no projeto e sem a mais pequena dúvida de que «Conimbriga tem potencial» para obter o estatuto de Património da Humanidade, admite a necessidade de rever alguns pontos, designadamente conferir um cunho mais “profissional” à proposta. Nesse sentido equaciona a «contratação de um contributo externo especializado técnico-científico», a juntar ao «inquestionável contributo» que a Associação Ecomuseu e o arqueólogo Miguel Pessoa têm imprimido à proposta.«Já no passado tinha feito essa sugestão», diz, garantindo que o Município vai avançar com essa diligência, no sentido de «melhorar a candidatura».
