Jornal Republicano – Órgão Regionalista das Beiras – Há 94 anos a informar
Fundador: 
Adriano Lucas (1883-1950)
Diretor "In Memoriam":  
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

“Portugal ombreia com os melhores países do mundo


Terça, 22 de Dezembro de 2015
Diário de Aveiro: A reestruturação da AdP assentou na criação de três novas empresas, Águas do Norte, Águas do Centro Litoral e Águas de Lisboa e Vale do Tejo, sociedades que serão detidas em cerca de 60 por cento pela AdP, cabendo aos municípios os restantes 40 por cento. Quais as vantagens deste novo modelo? Manuel Fernandes Thomaz: O sector, em Portugal, está dividido entre a alta, que é essencialmente responsabilidade municipal (na região de Aveiro os municípios entenderam-se para fazer a AdRA e partilharam essa responsabilidade com o Estado central, através da AdP), e a baixa. No fundo, a AdP fornece os serviços aos municípios e os municípios fornecem-nos, depois, aos munícipes. O sistema melhorou mui­to em termos de qualidade – só a AdP investiu mais de 7,5 mil milhões de anos nos últimos 20 e poucos anos e os municípios também investiram. Hoje, Portugal ombreia com os melhores países do mundo em matéria de serviços de água. O que é que, entretanto, não aconteceu e desequilibrou o sistema? É que, a par dos brutais investimentos que foram feitos, havia também necessidade de fazer uma actualização das tarifas, porque, de acordo com as leis da água e com as directivas comunitárias, não é suposto os serviços de água serem pagos por impostos, mas pelas tarifas. Toda esta melhoria de qualidade tem um custo. E, se ao nível de algumas empresas do grupo AdP, nas áreas mais urbanas, as tarifas, apesar de não serem muito elevadas, já cobriam os custos, o interior do país estava completamente desequilibrado – as tarifas que os munícipes pagavam pelo mes­mo serviço no interior e­ram entre duas e três vezes mais caras do que no litoral, e, no entanto, mesmo assim não cobriam os custos. Estávamos permanentemente a acumular défices tarifários, apesar de as tarifas serem muito altas – para não haver desequilíbrios, ainda teriam de subir mais, o que, obviamente, tornava as contas dos municípios completamen­te insustentáveis. Houve várias tentativas de resolver o problema ao longo dos anos e o Governo PSD/CDS decidiu, com o apoio técnico da AdP, avançar por um processo que juntasse sistemas do litoral com sistemas do interior por forma a fazer um equilíbrio tarifário.
Leia a notícia completa na edição em papel.
Suplementos Temáticos